Top Ganso - Asas Indomáveis

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(blog em construção)

Já me disseram que todas as minhas histórias dariam um livro. tentei inumeras e frustradas vezes escrever um pouco no word, até optar pelo meu querido amigo caderno. Acho melhor assim, passo os fatos pro caderno e dela passo pra cá. A minha maior preocupação era a ordem cronológica dos acontecimentos, porém não vou pensar nisso. Vou escrever de trás pra frente, de frente pro lado, do lado pra cima e por aí vai. Vou tentar contar tudo desses meus 24 anos de vida. Muito prazer.


"Vocês que afogam o ganso e eu que pago o pato..."

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Curvas Sequênciais

Eu disse que não ia, mas 24hs depois estava eu e um casal de amigos pegando a estrada rumo a Minas. Ainda no Rio, num calor de 62° a sombra, um engarrafamento monstruoso nao conseguiu tirar-me a felicidade de estar indo para o paraíso das cachoeiras. Palio branco alugado (1.0, duas portas), o batizamos de Tomara Que Chegue.O TCQ não tinha radio, por isso cantamos a viagem inteira...uma ideia que se mostrou ser bastante divertida. Musicas novas, musicas velhas, de infancia, musicas inventadas. Paramos num restaurantezinhu de beira de estrada para abastecer e descarregar. Precisava urgente tirar agua dos joelhos. Era minha primeira vez dirigindo por uma estrada e a sensação de perder a virgindade ao volante era quase igual, a perder a virgindade na cama. Pernas bambas, friozinhu na barriga, arrepio na espinha, medo e tesão. 
Fiquei arrependido ao saber que a direção não era como eu achava quando criança. No banco de trás perturbando o meu pai pra saber se jah estava chegando e querendo impor as minhas musicas. A lei é essa: quem dirige, escolhe a musica. A viagem proseguiu muito tranquila e animda. 
Ja era noite e ainda estávamos em Juiz de Fora. Paramos num posto de gasolina e chegando ao banheiro...me deparei com inumeros chuveiros de agua quente! uhu!!! Maravilha!!! Tomei uma ducha que me renovou.
Chegamos a Lima Duarte, uma cidade tão grande...tão grande que chega ser menor do que qualquer bairro aqui do Rio...rs. Paramos num barzinhu e conhecemos 3 mininas e 2 mulekes que estavam seguindo o mesmo destino que a gente. Mas eles estavam esperando o busão, algo que eu n vi ateh a nossa chegada. Combinamos que o grupo deles ia se separar. Lógiko que eu tava forçando a barra pras mininas virem com a gente....mas foi em vão. Elas pegaram um táxi e eles ....merda! O combinado era seguirmos o taxista, mas qdo eu ligei o carro jah n tinha mais taxi algum. Ninguem presente no carro sabia chegar, então metemos a cara e fomos embora!  De repente o asfalto acabou e começou umas das maiores adrenalinas da minha vida. 30km subindo e descendo numa serra muito louca, com um pedrão na minha esqerda e um buraco negro na direita....um penhasco que dava medo. Sem luz. O farol só iluminava no maximo 1 palmo do carro. Porra! Foi foda! Milhares de curvas sequênciais, emoção, terror, suspense, comédia e ação. Tudo junto e misturado. Pelo espelho eu vi a galera no banco de trás apertando um "base", o que fez meu pulmão inflar e murchar numa progressão geometrica tridimensional, tentando capitar um pouquinho da marola e mandar tudo pra mente. Ah!...como eu queria ter fumado aquele back, mas tava dirigindo neh.... A galera ficou mais relaxada e o rali divertidíssimo. Incluse, em um dado momento, apareceram dois caminhos (pra cima e pra baixo)...piramos! Tinha uma vaca na beira da estrada perto de uma cadeira de madeira em formato de mão gigante, nos avisou que Ibitipoca era só descer. Porra! Gargalhamos de medo e descemos rumo ao asfalto que se mostrou 10 minutos depois.
Com o asfalto, chegou Ibitipoca e o barzin Ibitilua. Encontramos as mininas, a nossa galera e chuvendo pra cacete, só a gente gritava de euforia. Pedimos umas bebidas, uns caldos e rumamos pro sitio da Tia Miuda. Arrumamos a barraca, tomamos banho e tibum...foi só cair na cama...oou melhor, no colchonete.

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